O conflito entre Israel e a Palestina é uma questão complexa que já dura décadas e continua sem solução. O conflito tem as suas raízes no início do século XX, quando a imigração judaica para a Palestina aumentou e as tensões começaram a aumentar entre as comunidades judaica e árabe. Desde então, o conflito transformou-se numa luta política e militar, com ambos os lados reivindicando soberania sobre a mesma terra.
A análise do conflito entre Israel e a Palestina é uma questão complexa que requer uma compreensão profunda dos fatores históricos, políticos e sociais que contribuíram para o conflito. Este artigo fornecerá uma visão geral desta guerra, incluindo as suas raízes históricas, os principais envolvidos e o estado atual do conflito.
O movimento sionista surgiu no final do século XIX como resposta ao crescente anti-semitismo na Europa. O movimento procurou estabelecer uma pátria judaica na Palestina, que então fazia parte do Império Otomano. Theodor Herzl, o fundador do sionismo político, argumentou que a única solução para a “Questão Judaica” era o estabelecimento de um Estado Judeu.
O movimento sionista ganhou impulso após a Declaração Balfour em 1917, na qual o governo britânico declarou o seu apoio ao estabelecimento de uma pátria judaica na Palestina. A imigração judaica para a Palestina aumentou, levando a tensões com a população árabe.
Após a Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações concedeu à Grã-Bretanha um mandato sobre a Palestina. A administração britânica da Palestina foi marcada por promessas conflitantes feitas tanto a judeus como a árabes. Os britânicos prometeram apoiar o estabelecimento de uma pátria judaica, ao mesmo tempo que se comprometeram a proteger os direitos da população árabe.
O mandato britânico foi marcado pelo aumento da violência entre judeus e árabes. Os ingleses tentaram limitar a imigração judaica para a Palestina, levando à resistência judaica. O ressentimento árabe cresceu à medida que a imigração judaica aumentava e os assentamentos judaicos se expandiam.
Em 1947, as Nações Unidas votaram pela divisão da Palestina em estados judeus e árabes separados. O plano foi rejeitado pelos estados árabes e a violência explodiu na região. A guerra de 1948 resultou no estabelecimento do Estado de Israel e no deslocamento de centenas de milhares de palestinos.
O conflito entre Israel e a Palestina continua há décadas, marcado pela violência, manobras políticas e negociações de paz fracassadas. As questões centrais do conflito incluem o estatuto de Jerusalém, o direito de regresso dos refugiados palestinos e o estabelecimento de um Estado independente.
A Guerra dos Seis Dias, ocorrida em junho de 1967, foi um importante ponto de virada no conflito entre Israel e a Palestina. A guerra foi travada entre Israel e os países árabes vizinhos, incluindo o Egito, a Síria e a Jordânia. Israel saiu vitorioso, ganhando o controle da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental. Esta vitória marcou o início da ocupação dos territórios palestinos por Israel.
Os Acordos de Oslo, assinados em 1993, foram uma série de acordos entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que visavam estabelecer a paz entre os dois lados. Os acordos estabeleceram a Autoridade Palestina (AP) como o órgão governante na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, e apelaram à retirada das tropas israelenses destas áreas. Contudo, a concretização dos acordos foi marcada pela violência e por divergências políticas, e o conflito entre Israel e a Palestina continuou.
A Segunda Intifada, iniciada em 2000, foi um período de intensa violência entre Israel e a Palestina. A intifada foi desencadeada pela visita de Ariel Sharon ao Monte do Templo em Jerusalém, que foi vista como uma provocação pelos palestinos. A violência incluiu atentados suicidas, ataques com foguetes e operações militares de ambos os lados. A intifada resultou na morte de milhares de pessoas e aprofundou ainda mais a divisão entre Israel e a Palestina.
As Nações Unidas estão envolvidas no conflito entre Israel e a Palestina desde a década de 1940. Em 1947, a Assembleia Geral da ONU aprovou a Resolução 181, que apelava à divisão da Palestina em dois estados, um judeu e um árabe. No entanto, esta resolução não foi implementada devido à eclosão da Guerra Árabe-Israelense de 1948.
A ONU continuou a desempenhar um papel no conflito através de várias missões de manutenção da paz e esforços diplomáticos. Em 1978, a ONU criou a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) para monitorar o cessar-fogo entre Israel e o Líbano. Em 1993, a ONU desempenhou um papel fundamental nos Acordos de Oslo, que levaram ao estabelecimento da Autoridade Palestiniana.
Os Estados Unidos estão envolvidos no conflito entre Israel e a Palestina há décadas. Os EUA têm sido historicamente um forte aliado de Israel, fornecendo ajuda militar e económica ao país. No entanto, os EUA também estiveram envolvidos nas negociações de paz entre Israel e a Palestina.
Em 1978, o presidente Jimmy Carter intermediou os Acordos que levaram a um tratado de paz entre Israel e o Egito. Na década de 1990, o presidente Bill Clinton foi anfitrião dos Acordos de Oslo, que levaram ao estabelecimento da Autoridade Palestina. Nos últimos anos, os EUA tentaram mediar um acordo de paz entre Israel e a Palestina, mas estes esforços foram bem sucedidos.
Os países árabes também estiveram envolvidos no conflito entre Israel e a Palestina. Muitos países árabes têm apoiado a causa palestina, fornecendo apoio financeiro e político à Autoridade Palestina. Além disso, alguns países árabes estiveram envolvidos nas negociações de paz entre Israel e a Palestina.
Em 2002, a Liga Árabe propôs a Iniciativa Árabe de Paz, que apelava ao reconhecimento de Israel em troca do estabelecimento de um Estado palestino. A iniciativa foi posteriormente endossada pelo Conselho de Segurança da ONU. No entanto, Israel não aceitou a proposta, alegando preocupações com a segurança do país.
A questão dos colonatos israelitas na Cisjordânia continua a ser um importante ponto de discórdia entre Israel e a Palestina. Israel continua a expandir os seus condomínios na Cisjordânia, que são considerados ilegais. Isto levou a confrontos frequentes entre colonos israelitas e residentes palestinos, bem como a protestos e violência.
O estatuto de Jerusalém é outro ponto importante do conflito entre Israel e a Palestina. Tanto Israel como a Palestina reivindicam Jerusalém como sua capital, e a cidade é considerada sagrada por judeus, muçulmanos e cristãos. Israel anexou Jerusalém Oriental, que anteriormente estava em controle palestino, e declarou-a parte da sua capital. Esta medida foi amplamente condenada pela comunidade internacional.
As preocupações com a segurança continuam a ser uma questão importante tanto para Israel como para a Palestina. Israel construiu uma barreira separando-se da Cisjordânia, que afirma ser necessária por razões de segurança. Os palestinianos encaram a barreira como uma apropriação de terras, uma vez que isola muitas comunidades palestinianas das suas terras agrícolas e outros recursos. A barreira também foi criticada pelo seu impacto na liberdade de circulação e no acesso aos serviços dos palestinos.
Grupos militantes palestinos continuam a lançar ataques contra Israel, o que levou a frequentes operações militares de Israel na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Israel também mantém um bloqueio à Faixa de Gaza, que afirma ser necessário para evitar o contrabando de armas para o território. O bloqueio teve um impacto devastador na economia e nas infra-estruturas de Gaza e foi criticado pela comunidade internacional pelo seu impacto humanitário.
A solução de dois Estados é uma proposta para criar um Estado palestiniano independente ao lado do Estado de Israel. Esta proposta foi apoiada por muitos países e organizações, incluindo as Nações Unidas. A ideia básica é que Israel se retiraria da Cisjordânia e da Faixa de Gaza e que um Estado palestino seria estabelecido nesses territórios.
Uma das principais vantagens da solução de dois Estados é que proporcionaria uma forma de israelenses e palestinos viverem em paz e segurança. Cada lado teria o seu próprio estado, com o seu próprio governo e instituições, e seria capaz de controlar o seu próprio destino. Isto também permitiria que os dois lados abordassem questões importantes como o estatuto de Jerusalém, os direitos dos refugiados e o futuro dos colonatos israelitas na Cisjordânia.
No entanto, também existem muitos desafios à solução de dois Estados. Um dos principais desafios é que exige que ambos os lados assumam compromissos significativos. Os israelitas precisariam aceitar a criação de um Estado palestino, enquanto os palestinos precisariam aceitar a existência de Israel como um estado judeu. Além disso, há questões sobre a viabilidade de um Estado palestino, incluindo questões relacionadas com a segurança e o desenvolvimento económico.
A organização terrorista Hamas realizou vários ataques contra israelenses. Israel respondeu com ataques aéreos contra a Faixa de Gaza.